segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Paredes de Coura, eu amo-te!

Recepção:

Cosmo Jarvis: Primeiro concerto do festival. Passou-me um bocado ao lado por não ser musicalmente nada de novo.

Los Campesinos!: Bom concerto, cheio de energia, mas foi aqui que percebi que este ano havia algumas pessoas que não sabiam que estavam em Paredes de Coura. Houve muito mosh, até nas músicas calmas.

Memory Tapes: O melhor concerto da noite. Ainda assim, continuo a gostar mais das músicas no álbum do que ao vivo. O sintetizador não funcionou na perfeição, mas foi o suficiente para uma hora muito bem passada.

Isidro LX: Bem...é um DJ. Todos os DJ's do festival me foram completamente indiferentes. Aliás, a maior parte ouvi da tenda. Mas o Isidro LX passou Prodigy e houve mosh. Sim, mosh sem concerto. E foi aqui que me apercebi que as pessoas que não sabiam que estavam em Paredes de Coura tinham ido todas para ver Prodigy.


Dia 29:

O melhor dia do festival todo sem qualquer espécie de dúvida. Só grandes concertos.

Vivian Girls: Vi o concerto sentado na relva e foi engraçado. Dentro do palco principal foi o menos bom.

Eli 'Paperboy' Reed: White is the new Black. Que senhor! Pôs toda a gente a dançar. A banda estava toda de boxers ou calções.

Gallows: Muito, muito bom. A banda esforça-se muito e o resultado é toda a gente a fazer mosh/saltar/abanar a cabeça.

Enter Shikari: Musicalmente muito fraco, mas foi um bom concerto, como estava à espera. Têm muita energia, mas continuo a achar a música deles muito má. O som deles não passa de gritos efeminados e melodias extremamente básicas.

Caribou: Outro grande concerto. Conseguem reproduzir bastante bem as músicas ao vivo.

The Cult: Concerto muito bom. Era claro que estava lá muita gente para ver the Cult (e ainda em que não eram como os azeiteiros de Prodigy). A "She Sells Sanctuary" foi um dos momentos altos da noite.

We Have Band: Estava tão ansioso para ver Best Coast que não prestei grande atenção. Mas não achei muita piada.

Best Coast: Soa tão bem ao vivo. Foi ridículo ser no after mas foi um grande concerto. Muito simples, sem nada de mais, como a música deles, que se pode ouvir sem pensar e que soa a mel.

Dia 30:

The Tallest Man on Earth: Quem esteve lá sabe que foi óptimo. Grande guitarrista e cantor. E muito humilde.

The Courteeeners: Passou-me completamente ao lado. Simplesmente desinteressante.

Paus: Concerto muito bom. Fiquei contente por virem os Paus em vez de Plan B e deu para verificar que são mesmo um dos projectos portugueses mais promissores do momento.

Peter Hook, performing Unknown Pleasures: Para mim, o melhor concerto do festival. Adoro Joy Division e não estava com gande expectativs em relação a este concerto. Mas o Peter Hook conseguiu reproduzir muito bem as músicas da banda. Não é o Ian Curtis, claro, mas não era isso que ele pretendia. E não foi apenas mais um concerto de uma banda de covers. O Peter Hook era o baixista da banda, fez parte daquela revolução no mundo da música e foi tão bom poder ouvir canções que marcaram a música para sempre ao vivo. Sabia que ia lá toca o Unknown Pleasures, mas fiquei o concerto todo a desejar que tocasse a Transmission e a Love Will Tear us Apart. E tocou as duas no encore. Toda a gente estava para lá de feliz.

White Lies: Depois de Peter Hook nada me podia surpreender. Mas foi um bom concerto.

Klaxons: Gostei, mas estava muito cansado. E não gostei muito das canções novas que mostraram.


Dia 31:

Não vi Dias de raiva nem Jamie T, mas ouvi da tenda e sei que não perdi nada.

The Dandy Warhols: Uma seca descomunal. Estava no recinto, mas estive mesmo a ver o concerto durante muito pouco tempo.

Mão Morta: Não gosto, mas foi um concerto competente.

The Specials: Foi uma festa. Sempre divertidos e a puxar pelo público.

The Prodigy: O concerto com mais pessoas a ver. E muitos, muitos azeiteiros. Mas foi um bom concerto, ninguém estava parado.

Dum Dum Girls: Grande concerto, para acabar Paredes em beleza. Não são muito comunicativas, mas isso faz parte da sua imagem, um pouco sombria. A Rest of Our Lives acabou muito bem o concerto.

Foram dias muito bem passados. Não hesito em dizer que é o melhor festival de Portugal. Adoro o rio, adoro a vila, adoro o recinto, o ambiente e tudo o resto.