domingo, 5 de dezembro de 2010

Super Bock em Stock - segunda noite

Em termos de quantidade de concertos bons este dia foi pior, uma vez que só gostei de Janelle Monáe. Mas não foi só gostar, o concerto foi brilhante! Ainda vimos Domingo no Quarto, que me passou um pouco ao lado. Fomos de seguida para o Tivoli na esperança de ter um bom lugar em Janelle. Deparei-me com o concerto dos Batida. Não estava nada à espera de um concerto de kuduro no Super Bock em Stock. Foram dos 45 minutos (na realidade pareceram 5 horas) mais horríveis da minha vida. Quem diria que até ao Super Bock em Stock iam azeiteiros que adoram abanar o traseiro ao som daquilo...

Quando a tortura acabou, fomos logo para a frente, ficando no meio e na primeira fila. O concerto começou com um senhor afirmando que naquela noite se ia fazer história e para gritarmos o nosso nome e apresentarmo-nos às pessoas ao nosso lado. Logo a seguir, seguindo a ordem do álbum, veio a sequência Suite II Overture, Dance or Die, Faster e Locked Inside. Começou logo de maneira perfeita. Não falha uma única nota e tem uma energia contagiante. De seguida, saiu durante algum tempo do palco dando lugar ao guitarrista, também ele muito bom. Quando voltou fez uma cover da Smile, arrepiante. Logo a seguir tocou a Wondaland, que foi um grande momento! Logo ao início da música houve uma explosão de confetis. Passou ainda pela Cold War, com muita gente a saltar, a Mushroom & Roses (que não estava à espera que tocasse e resultou muito bem. Durante a música espalhou tintas de várias cores numa tela e no final escreveu "I (heart) You".) e a Tightrope, sem o Big Boi mas ainda assim muito, muito boa. Fez ainda um encore enorme com uma das minhas preferidas, a Come Alive (The War of The Roses), durante o qual eu lhe toquei na mão (ela não me apertou a mão, como eu estava à espera, mas está perdoada porque é uma Deusa). Foi sem dúvida o melhor concerto do Super Bock em Stock e um dos melhores do ano. De facto é bom ver que ainda se fazem artistas dentro deste género a inovar. Acredito mesmo que a Janelle Monáe é a melhor artista de sempre do estilo. A Janelle Monáe é melhor que o Michael Jackson. A sua voz adapta-se a vários registos diferentes, e isso notou-se muito bem ontem. Na Wondaland e na Mushrooms & Roses tem uma voz completamente diferente da de músicas como a Cold War. E é genial em qualquer registo. Sinto-me muito priveligiado por ter assistido a um concerto dela. E mesmo se ela tiver ainda mais sucesso do que já tem e as pessoas que só ouvem o que passa na rádio e na MTV a passem a adorar, fica aqui registado que neste momento a adoro. Quando for velho e estiver a conversar sobre os grandes artistas do meu tempo nunca me vou esquecer dela. Não sei o que é que o futuro lhe reserva, mas espero sinceramente que não siga por caminhos azeiteiros.

Depois disto tudo ainda vi Marina Gasolina. Gostava de ter estado mais à frente pois ela era completamente maluca. Esteve grande parte do concerto no meio do público.

No geral foi um grande festival. Continuo a achar que o conceito é muito bom. Não vi Junip porque estava cheio mas fiquei na fila da frente em Janelle Monáe e só o concerto dela vale os 40 euros.



Só para que conste, acho que a versão da Smile soou ainda melhor ontem que neste vídeo.